segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Valem muito Apena ver .. São muito engraçados

Egoísmo, do dicionário: sentimento ou atitude excessiva de apego aos próprios interesses. Bom ou ruim? Bom e ruim, analisando perspectivas distintas. Aos olhos do egoísta é sempre bom, pensar e agir em prol do próprio ego não faz mal a ninguém. Aos olhos dos outros que te olham é ruim, não é possível viver pensando somente em si.
Explorando o dilema, um caso em especial. O meu mesmo.
Alegrias ao longo dos dias proveniente do bem estar mental, tristezas e decepções que no presente momento passeiam longe. Ambições, desejos, sonhos, objetivos, conquistas. Lado a lado, em certos momentos, esses opostos se enfrentam por uma causa superior e suprema. A de "fazer e acontecer" pelo MEU próprio bem, orgulho, pela minha felicidade e meu ego. Mas posso incomodar alguém? Será que devo pensar nos outros também? Sinceramente, NÃO.
"Os outros" não pensam por mim, não agem e não me colocam como prioridade. Se eu não fizer, ninguém mais fará. Um nome, uma carreira, um reconhecimento, agradecimento, uma satisfação. Tudo será construído cuidadosamente degrau por degrau.
Pensando nisso, cheguei a uma conclusão: essa mistura de sensações que duelam dentro de mim servem para constatar que existe um lado bom para tal sentimento, basta saber cultivá-lo.
That's what I believe.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Beyoncé - Broken Hearted Girl (legendado)



A vida é uma caixinha de surpresas! Acho engraçado como as coisas acontecem quando menos esperamos. Digo por experiência própria, que há um ano atrás conheci a oportunidade de escolher um caminho, e este me trouxe uma pessoa muito importante na minha vida, que amo e não quero perder.
Tudo começou... Em uma festa, estava me divertindo, conversando com uns amigos e dançando. E confesso que meu pensamento era: "Se eu não ficar com ninguém, não tem problema, não vim com essa intenção mesmo." A vida nos surpreende, e prega grandes peças! Mas acho que é justamente quando você abre a guarda para o acaso e deixa a ansiedade de lado, que a vida segue o seu curso.
Já estava quase indo embora e a aniversariante disse que um amigo dela queria conversar comigo. Até ai, normal. (Tudo bem, que todos nós neste momento sabemos sobre o que se conversa nessas horas né?!) Afastei-me um pouco de meus amigos e isolamos-nos dentro da bolha.
Conversamos, na verdade muito pouco, oi, tudo bem, qual seu nome, quantos anos você tem. E parou por ai. Ficamos lá, beijando, beijando, beijando e beijando. Sem fôlego, mais algumas palavras, calma, você está muito nervoso, vamos conversar, não quero conversar. Então ta né, sem mais palavras. Mas algumas foram determinantes, me dá seu MSN. Pensei naquele momento: "Duvido que ele me adicione, mas tudo bem, sei que a gente vai se falar algumas vezes, mas nada demais. Qualquer coisa eu deleto depois." Anotei no celular e paramos de falar.
A festa estava chegando ao fim e minha carona surgiu. Nossa pausa se fez obrigatória. Acreditei que os beijos seriam únicos... Afinal palavras poucas foram lançadas e muito de nosso fluido corpóreo, se misturou.
Como sempre mulheres fazendo a fofoca na volta para casa, como foi a sua noite. Eu fiz um único comentário: “Conheci alguém interessante, trocamos o MSN, mas acho que não passa disso!"
Ele não esqueceu-se de mim. E me adicionou, logo estávamos conversando sobre coisas bobas. Passaram-se dois meses. E reencontramo-nos no Monobloco! Fomos com amigos diferentes o que dificultou nosso acesso. Vê-lo novamente foi bem legal.
Decorridos alguns dias, voltamos a conversar e outro encontro foi marcado. Estava surpresa e encantada com aquilo tudo. Os meus pensamentos e sentimentos do dia que o conheci eram totalmente diferentes, tinha uma certeza calculista de que nada aconteceria. E fui pega pelas armadilhas da vida e do amor. Depois de tantos encontros arrebatadores, me convenci de que era hora de tomar uma atitude.
Nunca tive coragem suficiente para fazer o que eu fiz. Mas em uma festa infantil ela foi se revelando aos poucos e tomando conta de mim. A segurança estava do meu lado o tempo todo e apesar de não saber o que falar e como, fiz tudo certo. "Se não fosse para ter um relacionamento sério, era melhor então parar por ali." Como eu esperava, não houve nenhuma reação momentânea. Segundos mais tarde uma única frase dita fez meu coração bater mais rápido e grande sorriso estampar meu rosto.
E desde então, não me vejo com nenhum outro homem. Não vejo em nenhum homem as qualidades que ele tem. Companheirismo, carinho, dedicação, atenção, cuidado, respeito, cumplicidade. Os defeitos são pequenos quando vistos diante da grandiosidade da nossa felicidade.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Porque estou triste? Uma boa pergunta que ficará sem resposta. Poderia ser uma coisa chamada TPM, que homens tentam entender e as mulheres entender porque os homens tentam entender. Mas é simples, nesse período qualquer coisa irrita, a sensibilidade aumenta absurdamente, assim como a carência.
Isso tudo faria sentido se estivesse nessa fase, só que não estou. Ai, fica mais complexo de entender. E por incrível que pareça, nem eu sei explicar como fiquei assim, nem o porquê disso tudo. Aparentemente não existe nenhum motivo concreto, frustrações, brigas ou perdas, nada, nada. O que existe é uma falta de animação com a própria vida, é uma rotina que cansa.
Férias. Chega uma hora que não tem mais o que fazer. Os amigos viajam, pelo menos a maioria deles, a sua mãe parece estar cada dia mais implicante, as saídas ficam reduzidas devido à falta de grana, quanto aos programas de televisão, sem comentários e a internet não é mais agradável. Enfim, acho que encontrei as razões para o descontentamento. Soma-se a tensão, ansiedade e muita mas muita expectativa com relação ao resultado do vestibular. O medo ganha força e a pressão psicológica dos seus pais, é avassaladora.
Porém um outro fator não poderia esquecer de citar. A saudade. Esse sentimento que sempre aparece quando você gosta realmente de alguém e a quer por perto. É uma droga, droga mesmo, do tipo que vicia. Não estou falando da saudade claro. Mas o que a provoca, é justamente esse vício, de querer estar com uma pessoa sempre, todos os dias, todas as horas, todos os minutos e falar com ela mesmo que seja por alguns instantes. Instantes que se aproximam da eternidade e possuem a capacidade de acalmar o coração. E no dia seguinte acontece tudo de novo. E assim vai, até o momento de acabar com esse sentimento pessoalmente. A partir dai, a normalidade vai voltando a ocupar seu lugar, renovando as esperanças e potencializando a felicidade.
Equilíbrio: ponderação, calma, prudência. Estabilidade do corpo, da alma e do coração. Paz interior, mente livre e sã. Felicidade que preenche os espaços vazios.
Sentidos e sentimentos aguçados. Basta apenas um olhar, um toque, uma palavra ao pé do ouvido. E o infinito de possibilidades se reduz ao ponto de caber na palma da mão, sendo possível dominá-lo.
Esse misto de sensações não agrada a todos. Alguns se incomodam pelo simples fato de você ter passado no vestibular, por exemplo. Ou somando a essa realização, o fato de ter encontrado alguém pra compartilhar a felicidade. Quem sabe até nem é tão complexo assim. Não conseguem encher de alegria as suas vidas e transpor os obstáculos que surgem no caminho.
A vida não é fácil realmente. Mas ela pode se tornar melhor de acordo com a forma que é encarada. Se o pensamento for sempre voltado para os problemas, o tempo ficaria limitado para resolvê-los e iria passar mais depressa, deixando oportunidades únicas saírem pela tangente. Olhando pelo outro lado, com a atenção necessária para eles, mas sem deixar o tempo passar, tudo se tornaria mais fácil.
Por essa nova visão, mais cautelosa e menos obcecada, sinto que pode se viver melhorar e atingir o tão idealizado equilíbrio. Mental, corporal e principalmente emocional, o mais instável, incontrolável e difícil de alcançar. E cada pequeno gesto passa a ser valorizado.
Mas dentro de mim, a confiança e a perseverança duelam com um fio de pessimismo amedrontado e uma pitada de covardia que por um minuto impedem o bem estar absoluto. Só por um minuto. E já no momento seguinte, as crenças que acredito me tornam uma pessoa feliz e de bem comigo.

domingo, 15 de agosto de 2010

Charles Chaplin.

"Pensamos demasiadamente. 
Sentimos muito pouco.
Necessitamos mais de humildade que de máquinas.
Mais de bondade e ternura que de inteligência.
Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá."


Durante a nossa vida: conhecemos pessoas que vem e que ficam, outras que, vem e passam. Existem aquelas que, vem, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...



"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser insignificante."





"Sorri quando a dor te torturar. E a saudade atormentar. Os teus dias tristonhos vazios.
Sorri quando tudo terminar. Quando nada mais restar. Do teu sonho encantador.
Sorri quando o sol perder a luz. E sentires uma cruz. Nos teus ombros cansados doloridos. Sorri vai mentindo a sua dor. E ao notar que tu sorris.
Todo mundo irá supor que és feliz."





“Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficam.Olhe para trás...mas vá em frente pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te”.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O que é o Surf?


O que é, em termos absolutos, o Surf? Filosoficamente qual é a definição para o acto de andar nas ondas? Quem souber a resposta que ponha o dedo no ar. Eu não faço a mínima ideia. Devo confessar que durante os quase vinte anos desde que me viciei no prazer das ondas que nunca pensei muito nisso, nunca me preocupou saber o que era o Surf. O simples prazer das horas, os milhões de segundos passados na água eram, foram sempre, Os recortes para forrar os dossiers, a necessidade de preencher os sonhos, os desenhos de ondas imaginárias, a curiosidade de saber mais, aprender mais. Mas isso não é o Surf, é apenas a humana predisposição para o conhecimento e será que pelo conhecimento, pela filosofia, podemos chegar à verdadeira essência do que é o Surf? Quantas revistas, quantas entrevistas, crónicas, ficções, quantas palavras são necessárias para uma verdadeira descrição do que é o Surf, a mais empírica, mais sensorial, mais corporal de todas as experiências? Melhor do que sexo. No meu Webster’s Dictionary Surf é noun the foam and swell of waves breaking on the shore. (origin unknown) A espuma e o movimento ondulante das ondas que quebram na costa. Origem desconhecida. Será esta uma descrição adequada? Estará, nesta palavra de origem desconhecida, contida a essência do que é o Surf? Ou o Surf é algo para lá das palavras? Tenho nas estantes uma colecção de centenas de revistas de Surf que guardo escrupulosamente, obcecadamente, desde os meus dez anos, será que nessas centenas de páginas, nesses milhares de fotografias, nesses milhões de palavras escritas em várias línguas diferentes, mas todas usando essa mesma palavra de origem desconhecida, será que na súmula de todos os livros e revistas que já li sobre Surf está O Surf? Nem mesmo Matt Warshaw e as 774 páginas da sua Encyclopedia of Surfing têm a resposta. E será que isso interessa? Quando a ideia deste blogue surgiu, em pleno boom da blogoesfera nacional, o primeiro sentimento que se me acometeu foi de pavor, um medo terrível de não saber o que escrever sobre Surf. Cheguei mesmo a deixar aqui o meu testemunho, e não estava brincar, de que um verdadeiro surfista não escreve porque todo o seu tempo deve ser passado na água e as palavras não são impermeáveis nem estanques. É por isso que o Surf só pode ser isso mesmo, uma palavra. Apenas uma sílaba formada por quatro letras, de origem desconhecida, que prenuncie um som que diz Surf. Nos últimos tempos este blogue assumiu o aspecto de autêntico fórum, em que tudo e mais uma coisa têm sido discutido, muitas vezes com a paixão e a irracionalidade de que só verdadeiros surfistas são capazes. Do que tenho lido há um elemento comum que me têm fascinado, existem tantas opiniões e visões do que é o Surf e de tudo o que ao Surf está associado como pessoas que comentam. Provavelmente a melhor descrição que podemos encontrar para o Surf é isso mesmo. O Surf é aquilo que cada surfista individualmente crê que o Surf é. E é perfeitamente justo que assim seja, porque da mesma maneira que não existem duas pessoas iguais, nem duas ondas iguais, como poderia o Surf ser uma só coisa. Surf é o milésimo de segundo de emoção que cada um de nós experimenta de cada vez que está em sintonia com a fugaz e singular energia de uma onda. Todos nós sabemos o que é mas nenhum de nós saberá explicar ao outro por palavras que este entenda. Como tudo na vida também a essência do Surf está perdida no urbilhão, no múltiplo caos da existência. É apropriado que assim seja porque tal como da vida também a origem do Surf está no sol, nas flutuações da radiação solar que atingem a nossa atmosfera, no princípio de tudo. O que fazemos neste blogue é escrever sobre a vida, sobre as nossas vidas e em cada palavra, cada frase, cada parágrafo esperamos que saia algo parecido com Surf. Cada um destes textos é apenas mais uma das milhões, talvez biliões, de hipótese possíveis para a definição dessa palavra de origem desconhecida que é o Surf. Será que isto é importante? Não. O importante é que hoje não surfei e por isso estive mais longe do princípio de tudo.